Tudo começou quando peguei um copo cheio d'água, um saco de pipoca Bokus e um artigo sobre Linhas de Produtos de Software e fui pra sala... Conversei um pouco com minha mãe e depois liguei a televisão e, como de costume, comecei a passar de canal para canal, pra ver o que tinha de bom. Quando passei pelo canal 15 (pela Big TV), ouvi aquela animação de um grupo tocando e uma mulher dançando animadamente a seguinte música:
"Imbolá coco é assim, imbolá coco é assim...
Quando a gente perde o começo, não sabe quando é o fim."
Era o fechamento de uma apresentação do Teatro é o Maior Barato. Depois veio uma propagando interessantíssima da One Earth (www.oneearth.org) e, logo depois, começou a apresentação palestra (?) de abertura (creio eu) da Bienal do Livro de 2007 (do dia 24 de novembro do ano corrente). "Descobri" um canal alagoano.Quando a gente perde o começo, não sabe quando é o fim."
Quem estava conversando/encenando/apresentando seu trabalho na Bienal do Livro, quem?! Jessier Quirino, um poeta de Campina Grande - PB, que faz poemas/músicas que mostram a realidade nordestina, e também a de matutos.
Até então eu não conhecia nada sobre ele, e ele foi se apresentando como arquiteto, poeta e matuto! E foi então interpretando vários trabalhos seus que hoje se encontram em livros, CDs e páginas na Web.
Jessier tem uma memória incrível! Os poemas/músicas dele são enormes e ele não olhava em nenhum momento para material algum! E ainda contou algumas cenas cômicas do cotidiano de um matuto.
Ele apresentou de forma encenada com seus próprios gestos: Parafuso de Cabo de Serrote, Paisagem de Interior, Vou-me Embora Pro Passado (que tem alguns traços de Vou-me Embora pra Pasárgada, de Manoel Bandeira), Maria Pano de Chão (que achei linda!) e outras.
Jessier falou algo interessante que me fez acreditar que também sou matuta, foi algo mais ou menos assim: "matuto é todo inxirido quando tá em casa, com a família... todo sem vergonha, cheio das brincadeiras... mas quando tá fora de casa ele fica todo cismado". Daí eu: "pronto! sou uma matuta!".
Em um dos poemas dele, um matuto fala:
"Aprender nunca é demais.
Mas aprender nunca, é demais!"
Realmente.Mas aprender nunca, é demais!"
Bom, desde então sou fã dele e estou fazendo propaganda dele! Já ouvi por completo o CD Bandeira Nordestina dele, onde há várias histórias (ou são estórias?) interessantíssimas e engraçadas.
Na foto, o próprio: Jessier Quirino.
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