As coisas mudam. E mudam muito. Desde que cheguei aqui, muita coisa mudou. Primeiro, meu endereço. Segundo, meus hábitos. Agora tenho que andar até a universidade (que de federal passou a estadual, ou melhor, que de meia boca passou a excelente), tenho que estudar muito mais do que estava acostumado, tenho que fazer minhas compras, lavar minha roupa, fazer minha comida, e cuidar para que meu quarto fique nos trinques, porque viver dentro de um furdunço não dá.
A USP é mesmo um sonho. Enorme, enorme mesmo, com ônibus que circula dentro dela, com quatro restaurantes universitários (com uma comida muito boa, diga-se de passagem), com professores excelentes (apesar de cobrarem muito mais que o Alejandro), com um parque desportivo ótimo, com a raia olímpica, na qual posso fazer remo (o que é uma das minhas metas para o próximo semestre), com vários gramados, com frio, com tudo dentro! E dessa vez sem duplo sentido! Vocês precisam vir aqui ver tudo isso!
São Paulo é mesmo uma loucura. Mas uma ótima loucura. Tudo muito organizado, povo tranquilo, nada violenta (pelo menos não por onde eu moro e transito), onde o transporte público funciona (o metrô é perfeito, dá para cruzar a cidade pagando apenas uma passagem), onde sempre tem alguma coisa para fazer, mesmo se você estiver sem grana. Quase perfeita.
Já me aconteceu tanta coisa por aqui... Várias farras aqui na pensão, assalto à laranjeira do vizinho, atividades ilícitas como invadir a casa abandonada do outro vizinho que morreu, ir a um show sozinho (CSS), e a outro (Placebo) bem acompanhado e depois descobrir que era melhor ter ido só, ir à 25 de março e ver aquele rio de gente, ir ao belíssimo Centro de São Paulo, beber Heineken de 600ml na Paulista, passar a madrugada na Augusta, ir na Virada Cultural e acabar assistindo ao show do Pato Fu sozinho, descobrir que a Sé é pertinho do vale do Anhangabaú, encontrar amigos no Centro Cultural são Paulo e assistir a um espetáculo alagoano DE GRAÇA, pagar apenas R$ 2 para ver um filme do Godard no Centro Cultural Banco do Brasil, fazer intervenção na Paulista e perder um show dos Autoramas a R$ 7,50 "porque tenho que estudar", arrumar e rearrumar o quarto a cada mês, ir na Pinacoteca, no Museu da Língua Portuguesa, na Estação da Luz (aquela mesma da música do Alceu), no Ibirapuera, no Monumento aos Imigrantes, no SESC Pompéia, passar pela Rebouças na hora do rush (ou melhor, ficar 2 horas na Rebouças na hora do rush), descobrir que a Liberdade é mesmo uma graça de bairro, reconhecer a cidade pela televisão (se vocês viram Pânico na TV no dia que eles coletaram água do suposto Tietê, saibam que aquele rio era o Pinheiros), comer X-tomate seco na padaria da Fradique Coutinho com a Cardeal Arco Verde, ir ao Ó do Borogodó sambar, cara, tanta coisa, tanta coisa, tanta coisa!!!!!!!!
Só queria que todos vocês estivessem aqui para viver tudo isso comigo...
Ah, e a vida no IME continua, com ou sem ocupação e greve.
quinta-feira, maio 24, 2007
que merda escreveu
nosquatro
às
20:35
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3 comentários:
Lendo tudo isso, e pelo pouco que lhe conheço vejo que vc tá muito feliz vou levar a vida do jeito que vc quer. Deixa a bolsa sair que eu não penso duas vezes em passar uma semana com o Tico na grande SP. Como a Camila diria: "Ui, Ui Vivizinho". huahauahuah
Menino!!! Agora deu uma vontade da poxa de ir praí! Ainda mais juntando com as fotos q meu irmão manda e com o q ele fala! :/
Pois venham lindos! ;D
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